Sombra Posterior

Os meus dedos percorrem caminhos
Ilícitos, atrás de alguma cor fluorescente
Que transpareça tudo que (não) há em mim
Para fazer de mim um ser catastroficamente brilhante

No princípio da dor
Engoli os meus pensamentos
Tentei digeri-los, mas o ácido existencial me corrói...
Abrindo buracos alucinados na minha mente

Deteriorado, ao telefone
Correndo pelas fibras estendidas para voar
O mais longe, trivial, mas lógico possível!

Descansando a cabeça
Nessas pedras nutridas,
Atirariam as todas nos cavaleiros estupradores de alma
E no vento, minhas palavras serão levadas,
Ao nada!

Observando
O (des) consolo de todo as minhas passagens,
Ligeiramente descubro o quanto desnecessário são os meus desejos (in) fundados
Pata tal, para ti, para mim e para a sombra!
Que sempre reflete o meu desejo instigante de viver.


CA-K:
28/02/2008