Jamais digas...

Não...Não digas que não me amou...
Soaria falso, incoerente com o que se passou,
Com o que senti ao ter-te em meus braços,
Com teu calor e frenesi, suores e abraços,
Com o pulsar descompassado de teu coração
Batendo num ritmo de entrega e emoção
 
Não...Jamais digas isso...
Não sejas tão promíscuo...
Não haveria coerência ...nem prudência,
Pois minha alma reflete teus sinais,
O meu corpo, marcas de teus desejos carnais
Ousados momentos... que consideras banais.
 
Não...Dizeres isso nunca mais!
Se queres fingir, pois, faze-o então...
Se queres fugir, fujas se és capaz...
Mas não mates em mim a ilusão
E a esperança de um dia ser feliz
Dizendo-me o que teu olhar não diz.

                 Carmen Lúcia