Trabalhador! Escutas
Os lamentos d’àqueles,
Que como ti, sofrem?
Trabalhador! Podes ver
Teu irmão explorado,
Em vão, esperando o pão?
Trabalhador! Ardes,
Também, em tua pele
A chibata da labuta ingrata?
És tempo – ó operário!
Homem, pobre e doente,
De romper a corrente
Que lhe faz proletário.
Patrão, ser infame e cruel!
Faz que ti, no labor mascate,
Entregue-se – bovino – ao abate;
Em troca?... Tens o fel...
Levanta-te trabalhador!
Erga-se nas fábricas,
Desligue as máquinas.
Lembra-te que és humano?
Ora, homem! És livre,
E feito escravo padece.
Ouça irmão!
Da fábrica e da construção,
Do campo ou não,
Seja d’àqueles a verdade!
Faça luz em meio a danação,
Fale de liberdade...
Nunca mais de opressão!