Rio que flui caudaloso e belo
Tem sua nascente tão franzina
Que serviu de um forte elo
E fez crescer uma cidade tão pequenina.
De Anchieta, a uma grande metrópole.
Divinamente ostenta seus dias de gloria,
Acolhe e seu seio, migrantes e suas proles,
Seus monumentos e espigões ficaram na história.
Rio de exuberantes quedas dágua
Foi para São Paulo de vital valia,
Represado, chorou suas magoas,
Trazendo o progresso e gerando energia.
De canoa navegando em sua solidão
Um jesuíta descia o rio que muito amava,
Fez marejar os seus olhos e palpitar o coração,
Ao olhar deslumbrado o lindo salto de Avanhandava.
Apesar de todo o descaso e da poluição
A grande estrada liquida cumpre sua missão,
Deixando navegar em seu dorso a riqueza em grãos,
Que alimenta seu povo e enriquece a nação.
Rio que contraria a lógica da geografia
Guarda segredos de batalhas e de amor,
Nasce franzino vem crescendo em harmonia,
Desaguando frondoso no nosso interior.