O meu corpo transita
Misturado à multidão
Nenhum mal me transmita,
Se eu viver na razão.
Pelas vias que eu cruzo
Não há nelas solidão
Fico um pouco confuso,
Mas é, de muita emoção.
As pessoas que passam
Todas têm algo a fazer
Umas apenas caminham,
Outras procuram prazer.
O casal de namorados
Sentados, fazem contar,
Sempre sobram uns trocados,
Para alguma coisa comprar.
Um policial viril e atento
Vigilante sempre a guardar,
Seja qual for o evento
Está pronto á ajudar.
A noite cai sobre a cidade
Que acolhe alguns infelizes
Que tem como único abrigo
O duro chão frio das marquises.
É um colírio para os olhos
Olhar vitrines de todas as matizes,
Mesmo diante de tais adversidades
Voltamos pra casa, todos felizes.