Mar, berço do amor... eterno mestre

Sentada à beira mar…
Contemplo toda sua imensidão…
Tão belo…
 
Cenário eleito
Para os apaixonados
Onde o mar abraça o amor
E acaricia a areia com toda a paixão…
 
Misterioso o seu mundo…
Místico mestre antigo
Onde os saberes se escondem
Na mais bela onda
Que choca na rocha
Como se de repente
Algum dos seus saberes se pudesse escapar…
 
Água pacífica…
Cristalina…
Onde vejo minha cara…
Talvez até minha alma…
 
Desde sempre cantado
Nas palavras mais belas
Dos mais conhecidos,
Apaixonados
Poetas…
E até mesmo naqueles que apenas escrevem
Libertando seus sentimentos numa folha
Onde o mar
É espelho de seus sentimentos…
 
Águas puras
Que abraçaram Adamastor
E que nelas se conta uma história de amor
Que não passou de um sonho
Em que o coração
Na sua pura inocência
Tornou de pedra um ser apaixonado…
 
Tantos mistérios nos escondes…
Tantas histórias nos contas…
 
Marinheiros…
Piratas…
Corsários…
Todos eles passaram em tuas águas
Em busca de mais mistérios
De mais histórias…
 
Tu que eternizas o finito…
Que das asas aos nossos sonhos
Tu que és puro…
Tu que te revelas
Na paisagem mais bela
De um horizonte…
De um pôr-do-sol…
De um querer-te conquistar…
Tu que és vítima
Dos mais cruéis…
Dos homens…
Dos homens que tanto dizem te adorar
Mas que se esquecem
Que por vezes
Te estão a pôr a chorar…
Talvez estas palavras
Se fossem lidas
Não mudassem nada…
 
Só espero que tal beleza finita
Nunca tenha um fim…
 
Como é que nos esquecemos de ti, oh grandioso mar??