Despindo-nos do determinismo

Por ser o que sou, vivo a mercê?
Não obtenho eu, valor moral?
Ter apenas o que me resta ou não ter?
Pobre vítima da moléstia letal...

Sou fruto do pecado por nascer pelado
Despido da razão, sem afago ou emoção
Tolice minha, devaneio sem nexo
Puro e extenso complexo...

Prole extorquida...cruel e revoltante pesar
Vida bandida...realidade ocular
Colhendo frutos da raíz adubada
Sentir o peso da doutrina imputada

Sociedade metálica e feudalista...
Excretai e pulverizai teus inúmeros tabus
Imunizai-nos do sentimento egoísta
Inoperantes sejam teus regressivos atos