No andar das pessoas

No andar, a pressa das pessoas, no olhar vago dos transeuntes, a urgência imotivada da vida, imotivada por todos os motivos, urgente sem todas as pressas.

Procura-se o quê? Saberia, à última hora, no filosofar de um isolado instante de calma, afirmar com clareza, na ânsia da escrita de um poema?

Defino, modesto, apenas o que busco, tento ilustrar simplesmente o que espero, seja do caminho, seja do amanhecer ou crepúsculo.


À noite o meu corpo a busca, apertando-se contra as cobertas, e nas frias madrugadas me pego, embora não estejas comigo, acordando com um beijo teu, que pode ser sentido até pelo calor dos teus lábios.

Não interessa que ainda não estejas comigo..
Em você, busco a mim mesmo, e cada olhar seu, apaixonado e meigo, reflete como um espelho do mais fino cristal a minha alma misturada à tua, como um imã, o meu ego, entrelaçado ao teu, como uma estrela, as nossas esperanças.