Sem saldo...
Estourei o saldo de artifícios,
Usei de tudo que foi possível,
Não medi sequer os sacrifícios,
Usei todo argumento plausível,
Nas poesias onde me declarei,
Flores que perfumaram seu espaço,
Presentes, e eu presente, abusei,
E com isso não sei mais o que faço.
Se outro jantar quem sabe, fosse a saída,
Ou a entrada secreta para seu coração,
Eu faria muitos para não haver despedida,
Já esgotei o estoque da minha imaginação,
Estou devedor e de forma decidida,
Só resta dizer que lhe amo com muita paixão.