Caminhamos... intrepidos
donos do destino, maléficos
assumindo o sangue derramado
Dourando a carne em brasa viva.
Pisavamos na ferida alheia
Leiloando a felicidade ou trocando-a
Por uma alegria momentania
Mostrando quem e porque.
Dormiamos sonhando com o
Pesadelo que causariamos,
Completando o que precisava
Para que a dor fosse insuportavel.
Saltamos dos aviões sem
pará-quedas porque temos
asas, mergulhamos no infinito
sem cilindro, viajamos cem anos luz
Através dos burracos negros
invadindo civilizações e assim caminhamos.