Soneto do tempo

Enquanto a luz brilha na angústia estéril
E a esperança infinita irriga o deserto
A oliveira no meio do vale incerto
Produz o seu fruto na terra fértil

Enquanto o coração aceita o tempo
E a alma descansa nas cortinas da vida
A face recolhe as lágrimas desta lida
O corpo ferido perdoa as afrontas e leva ao vento

As águas veste de formosura o interior
Que no abraço das correntes encontra o amor
Onde valente e confiante espera o explendor