De repente, o descanso.
Teu rosto, pura suavidade.
Teu corpo, todo mansidão.
Te vi... e sonhei.
Você dormia nua,
toda linda, minha,
em teus dias de forte cio,
como companhia,
o desejo.
Teus seios,
no leve movimento
de sobe e desce,
acompanhavam tua respiração.
Esperavam por meus beijos,
transpiravas suave,
totalmente úmida,
totalmente pronta.
Velar teu sono,
sei seria o certo.
Acompanhar de longe
teus sonhos, é penoso demais,
é coisa de quem não quer.
Adoro te acordar
com beijinhos safados
e audaciosos.
Sei que sussurras de
puro deleite enquanto
finge não acordar.
Como é bom sermos tão nós.
Como adoro esses momentos
de tão disfarçada entrega.
Te espreguiças com vontade,
rebolas como gata a brincar
de charmosa,
como mulher,
que sabe ser seduzida.
De relance,
meio sem querer,
teu seio esquerdo salta,
tímido e se mostra radiante.
Disfarças e para cobri-lo,
sem notar, deixas a mostra
o outro,
já mais saidinho,
mas rijo e convidativo.
Que levada, quando és menina.
Que menina, quando és sapeca.
Que viagens fazemos juntos.
Que prazeres, vivemos plenos.
Eu agora já pronto e decidido.
Te quero.
Vou acender teus desejos,
vou embarcar no teu corpo.
Faz frio e ao puxares,
o fino lençol,
te aconchegas mais,
te unes de vez ao meu corpo.
E eu agora, totalmente envolvido,
decido te acordar.
Te beijo forte na boca.
Passeio com minhas mãos teu corpo
quente.
Sinto teus cheiros
penetrarem minha narinas,
fortes.
Quero entrega.
Sem corresponder ao meu beijo.
Sem mexer um músculo sequer,
segues dengosa, quieta e senhora.
_ Oi amor, chegou agora?
_ Te esperei até a pouco.
_ Beijo amor, dorme bem.
Viras de lado e continuas linda.
_ Dorme bem amor.
_ Vou só trocar de roupa
e já venho.
Estranhando,
tomo um demorado banho.
Esfrio o corpo e as vontades.
Volto com fome,
mas compreensivo.
_ Beijo amor.
_ Beijo amor?
_ Nada disso, estava apenas.
vestindo minha calcinha.
_ Sabes como adoro quando a tira
com tua boca.
_ Vem amor, vem logo que não,
não aguento, te esperei muito.
E logo, logo,
amanheceu,
que pena...