Tanta coisa por dizer.
Tanta coisa que sentimos.
Tanto amor que recebemos.
Tanto sofrer damos em troca.
Para nós, homens,
só resta,
o dever,
o sentimento de candura,
que para elas, nada menos,
podemos dar.
Como compensar as noites
em claro, quando queríamos,
mudar o mundo?
Como evitar quando elas
nos defendem, depois de mais
uma traquinagem?
No escuro dos cinemas
da adolescência,
como não ama-las demais,
quando inventavam mentirinhas,
aos pais,
por chegar mais tarde em casa?
Nas vésperas dos exames,
como não respeita-las mais,
quando nos deixavam colocar,
sorrateiros e cheios de promessas
nossos nomes em seus trabalhos.
Como não deseja-las muito mais,
quando inventam uma dor de cabeça,
por não quererem nos decepcionar?
Precisamos na certa, venera-las,
quando mesmo tristes e magoadas,
à mesa, sorriem até com olhos,
para a família nada perceber?
Como não perdoa-las,
se só elas nos perdoam,
guardando eternamente,
mais algumas magoas?
Como não incentivá-las,
quando querem também prover,
batalhar, se sujeitar,
para juntos crescermos fortes?
Como não suspeitar de um Deus,
que as fez lindas, feias,
loiras ou morenas,
altas e baixas,
mas todas, mulheres?
Como não ter o ego inflado,
com suas famosas cenas de ciúmes,
quando juramos de pés juntos,
que realmente olhamos para
a bunda da vizinha, mas foi só
pra ter certeza que a dela
é bem melhor?
Porque reclamamos de suas demoras
ao ficarem bonitas,
que mesmo não sendo
pra nós, como nos dá orgulho?
Enfim!
O que dizer pra essas mulheres,
que maravilhosas ou não,
feias ou lindas,
nossas ou alheias,
senão...
Obrigado!