Acordas junto à sombra dos sentires
perdido no movimento azul,
fulguras da tristura ocasional
de um tempo passado
sem prazer.
suave na sua nudez,
a terra olha-te em silêncio.
escutas a voz do perigo
entre o bem e o mal,
consegue pousar
do lado da luz
no frio que te dá ordens
do coração saltam feridas
devoradas pelo infinito
já nada sentes
embriagado na música inaudível,
expeles do teu corpo uma seiva amarga,
e imploras para renascer
de um ventre sem rosto
aguardas na praia que a maré chegue,
encontro-te...
dou-te a minha mão!