Inspiraste canção a mais sincera;
Recriaste o poema em tons inéditos;
Reclamaste em silêncio, por teus méritos,
Esse verso, essa rima, essa quimera.
Vi nascer novamente em minha pena,
Em torrentes, um verso sem retorno,
Recorrente, de novo um verso novo,
Sem igual na poética terrena.
Ímpio amor que flutua imprevisível!
Voa agora no reino da lembrança;
E o poeta, a sofrer sem esperança,
Lembra a dor de um amor irreversível...