Eu não tenho o meu amor só para ti,
Impossível jurar-te, ora, não posso
E não pretendo te ofender porque aí
Eu estaria excitando algum remorso!
Nosso amor foi bom enquanto durou,
Como já disse o Vinícius de Moraes,
E até lamento que, assim, ele findou,
Pois, deixá-la nunca pretendi, jamais!
Terminar tudo em breve, na alvorada,
Sem poder a ti dizer: eu vou te amar
Para sempre na vida, oh doce amada!
Porém, tu não és a única, eu posso dar
O meu amor para outra, a mim é dada
A propensão de todas eu poder amar.
Autor: José Rosendo