Como se ter lhe amado não fosse suficiente
Caso em qualquer instante, estivesse deste sentimento ausente
Ainda fosse crível a cessão desta palpitação demente
Ao menos fossemos quem éramos, não tivessemos tornado esta realidade algo tão diferente
Se ainda fosse tua
Na insípida eternidade que tomavas como tua únca loucura
Soubesse eu haver cura
Não a teria procurado, ainda que em meio a passada tortura
Mas tanto quis ser tua e ha muito não mais és meu
Dissipou-se parte imensa dos resquícios de teu cinismo ateu
Sou outra, divago e não mais paro. De fato quase desapareceu
Então por que me procuras e faz com que o mundo volte a dar voltas que nos braços um do outro certo dia nos remeteu
Não é agora, não mais. Faz-se hora de a outra vida pertencer
O sentimento foi cristalizado em sua verdade máxima, na pureza intocada, assim há de permanecer
Não haverá o fim, mas o esquecimento de todo aquele amor com o qual me ensinou a conviver
Não mais meu eu sendo teu, almas separadas, decisão lograda. Em meio a triste e alividado sorriso, digo Adeus. Adeus a tudo, ao Mundo que foi você