Sonetos
I
Eu, aqui na extensão da vida
Iniciara, uma longa partida
Rumo, à junção dos sentimentos
Para encontrar o meu momento.
Belo momento, aquele que busco
Movo-me, com um movimento brusco
Como um andarilho que procura
Para o mal espiritual, uma cura.
E a doença, me afeta indiferente
Pois, sabe que sofro a cada instante.
Disse para mim: "...Impossível Encontrar..."
E neste infinito calor estridente
A felicidade me está tão distante
Devo então, a doença, enfrentar.
II
E as cores do arco-íris jogadas
Na areia deste deserto, espalhadas
Eu, pisando sobre todas elas
Como alguém que amassa rosas belas.
E a ferir a beleza, eu sou ferido
O órgão do amor está partido
E a doença, não consigo vencer
Sou um pobre homem, que estás a morrer.
Penso, sobre as cores da aquarela
E, vejo toda vida que eu deixei
Para encontrar a cor ausente.
Sou alguém que agora se desespera...
Não consigo achar o que sempre busquei
Sou para morte, um mero presente...
III
E a cor ausente, brilho do universo
Ainda, não mencionada em meu verso
Diz-se, que da paz é a cor representante
A luz pura, que nos ilumina estonteante.
E, como todas as cores estão ai dentro
Oh! Luz que estás de fora ao centro
Só agora, percebo sua multiplicação
E vejo-me, somente com um coração.
Estive, à procura da felicidade
Pisando de cor em cor, sem perceber
Que tudo, está em um só lugar.
Os sentimentos que vem com a idade
As cores que os homens podem ver
As mil ondas, que vem do mesmo mar.
IV
Meu coração, desejou ser aquela cor
E pra isso, as outras sete ele rejeitou
Diversidade que troquei pelo egoísmo
Sou um elo perdido em meu próprio abismo.
Ah! O pecado da gula e da avareza
Sou um rei vencedor sem ser alteza
Com só dois pés, porém, muitas riquezas
Conheci todas as cores da beleza.
E eu, pobre homem que peca
Vivi o suficiente para ganhar
E descobrir no auge, que perdi.
A felicidade que nos cerca
É como a luz que tenta nos cegar
Como minha alma, que deixei partir.