Meu?

Você se diz meu,
A mim você nunca pertenceu.
Você é do vento,
Do tempo bom,
Que ficou guardado nas horas,
Nas grandes alegrias,
Vividas dia a dia.

Em um sonho louco,
Mudo surdo, absurdo.
Desejo desvairado,
Escondido, acorrentado.
Pelas prisões da vida,

Você nunca mim pertenceu.
Você pertence às noites,
As ruas, aos boleros
das madrugadas,
Você se encontra
nas calçadas...
Nas esquinas
dos amores sem carinhos.

É! você nunca foi meu!
Nem mesmo você, se encontra.
Porque deixou de viver
Um grande amor, por medo,
Ou puder de um homem, severo,
Ou cego, querendo não enxergar.
que também me ama.
E isso te redime te abrasar o coração,
Saberás tu pedires perdão
há quem muito te amou?

Ou será que simplesmente
vai sufocar essa dor
dessa louca paixão
Vamos me responda sim ou não.
Faça um aceno de mão,
e voltarei correndo para ti.