Contemplar-te

Tu que vens radiante
O olhar distante
Que a todo instante
Insiste em se perder
Diante de tudo o que pode ver
De teu esplendoroso ser ...

Teus cabelos negros, longos
A deixar qualquer mortal, tonto
Tua voz rouca
Tua bronca, pouca
Entre sorrisos deixados
Nunca escassos
A quem souber te encantar

Mas como te encontrar
Como ver-te brilhar
Se utópico já é
Poder perto de ti chegar
Ó bela criatura
Que cheia de ternura
Tende a nos mostrar

A dança simples de teus lábios
Quando de teu falar
Lábios que provocam
Sem querer, assim, meio sem jeito
A deixar na mente, inquieta
O louco desejo de teu beijo
E, de repente, acerta

No que é difícil, nunca proibido
A flecha lançada do Cupido
Que, sabendo da direção
Voa em acertar teu coração
E finalmente te mostrar
O puro e simples de se amar.