O tempo que é magnânimo
Às vezes nos irrita, zomba de nós
Que gritamos e em tom de alta voz
Mostramos o quanto estamos em pânico.
Nos campos ocorrem as enxurradas,
Rios e lagos transbordam à beça.
As aves e o gado cheios de pressa
Buscam guarida e se escondem das estradas.
Intensas tempestades provocam bueiros,
Derribam árvores no âmago das florestas
E muitos animais espavoridos assaz infestam
Espaços carcomidos pelos ventos desordeiros.
Impedidos de pastorearem suas ovelhas,
Choram os pastores diante da inclemência
Imposta pela natureza em sua essência
Como resposta aos maus tratos que espelham
A voracidade dos homens que poluem a atmosfera
E dizimam o ambiente natural de forma austera!
DE IVAN DE OLIVEIRA MELO