As nuvens altas, brancas, vagarosas,
Despontam sobre o topo da colina...
Percorrem tardes vagas, rumorosas...
Desenham-se na página divina.
São nuvens calmas, leves, sinuosas...
Transmudam quando a tarde azul declina.
Espalham suas sombras ondulosas...
Retocam a gravura vespertina.
Feito fumaça de horas consumidas...
Figuras delicadas que, varridas,
Diluem-se durante suas danças...
E seguem em desfeitas aquarelas...
E vão-se as folhas mortas junto delas...
Também minhas longínquas esperanças.