A Sua Fêmea Dignidade
Ela achou que não deveria,
Porém mesmo assim,
Virou-se e olhou para trás.
Com sua voz engasgada ainda,
Exaltou-se por alguns instantes
Com falas que sempre as faz,
E não fez mais nada que deveria.
Com o que lhe estavam obrigando
Calada dentro de si ia lutando,
Para que em seus pensamentos
E no seu cuidado com a decência,
Provar que não há no mundo dinheiro
Ainda que em seu estado de carência,
Roube-lhe sua dignidade e resiliência.
Nisso contra tantos de muitos se indispôs,
Brigas sozinha diferentes batalhas batalhou.
Lábios com discursos firmes e sólidos propósitos,
Com serenidade no olhar a todos bem claro diz,
Qual certo o resumo de sua vida se explica
Que não precisa de muito e assim acredita,
Para que em sua existência ser e estar feliz.
Jorge Jacinto da Silva Jr.