Escrevo palavras de medidas sinceras
As quais vilipendiam o teor da saudade,
São termos que se nutrem da verdade
Estocada no átrio vertical das quimeras.
Descrevo vocábulos de tensões vorazes
Os quais fotografam ruídos de melancolia,
São conjuntos que bebem da ânsia a ironia
Que liberta de tocas horizontais os males.
No glossário que forma o índice alfabético
Encontro lexemas que inundam o estético
Por serem oblíquos de sentidos esdrúxulos.
A vanguarda que se associa a lemas e gírias,
Distorce a magnificência do linguajar, esfria
A formosura do idioma em seus crepúsculos!
DE Ivan de Oliveira Melo