Jully

 Quando penso no Irracional

Percebo que este é igual a mim.

A cada hora em que vejo o tempo,

Há uma desconexão dos pensamentos.

Sinto a tristeza na pele.

Sinto o  cansaço do insensível.

Sinto o vento imperceptível.

Quem pode ser tão ávido?

Quem pode tocar o horizonte?

Quem pode abraçar o  invisível?

Quem pode interpretar o enigmático?

Sua beleza não está aos pés dos céus;

Sua risada anuncia à primavera;

Seu sorriso é o raio do sol veranil em Turim;

Seu Semblante está em Florença;

Sua tão jovial inocência…

“Toca mis sentidos cuando toca mi mano”.

Hei de flutuar quando abraço a Guria,

Hei de ter disparado o coração

Só na tua singular  impressão.

É a divina obra de arte,

É ilusão à francesa,

É o paraíso em meu vaso de planta,

É oásis em meio a geleira.

É a sancta nobilitas

É a forma superlativa,

É o que jamais viu a minha menina.

 

Digo aos que querem ouvir:

No sétimo portal celestial eu cri

Meu limite ali aprendi

Não te possuí.

Mas agora em meio aos mortais

não me choco mais.