Prensa e comprime, esmaga...
Lá do fundo de um oceano qualquer, submerge
E subitamente apanha o desprevenido, que diverge
Em termos de vontade: quer vida, o polvo, a adaga...
Cresce o espasmo de morte conforme a trama avança.
Debatendo-se, quem, de fato, é o carrasco e quem é a vítima?
Vamos destruindo a nós mesmos e de repente, a vingança marítima.
Prende. Prende! Prende!! Numa abissal dança...
O ar falta. Puxado para o azul profundo.
Queríamos o universo, sequer temos um grão do mundo...
A graça (ou desgraça) da vida está na sutileza do espetáculo...
Lutamos contra o oblívio, enigma o qual eu não resolvo.
Rimos num minuto, no seguinte, surge o polvo...
Quando da alegria virá a tristeza infinita na forma de tentáculo?