Um coração sem talvez...

Amparo dias ardentes, noites solitárias...
Acolho sonhos imersos nos confins da alma;
Desconstruo angustias, recomponho fantasias
Decodifico, supero mágoas, dores angustiantes
Cada ecoar é envaidado pelas vorazes lutas.

Contesto o desaguar que vasa pelos olhos,
Como cachoeira límpida nas nascentes do rio
Costuro com agulha de ouro o caos do acaso
Insisto em resgatar as fibras deste órgão cheio de brio.

Viajo sonhos entre nuvens alvas de algodão
Pulsando compassadamente... indômito!
_Mesmo assim, sigo as trilhas do destino através
De caminhos ermos sem encontrar uma paixão,
Sem encontrar outro coração que não seja um talvez...

Luly Diniz.
12/08/21