Foram alguns encontros que tivemos presencialmente,
Encontros esses que moldaram meus sonhos e perspectivas na vida.
Não sei quando foi nosso primeiro encontro onde te vi de uma maneira diferenciada, muito menos quantas vezes pude ver seus belos olhos abrilhantando sua bela face
Apenas sei que cada um desses eventos foram importantíssimos para mim, durante um bom tempo; durante bons anos.
A constância de nossos encontros,de nossas conversas, de dias marcados da semana, tornavam os demais dias algo menos cansativo, menos estressante. Saber que viria você caminhando pelo mesmo local, pela mesma área em que eu estaria, me fazia sorrir involuntariamente, e até a sonhar coisas que dificilmente haveriam de acontecer.
A rotina praticamente pré-programada de nossos calendários gerava um bem estar tão grande em mim, que sem dúvidas você me acostumou com sua presença - mesmo que sequer soubesses disso.
Entretanto (maldita conjunção adversativa), o tempo foi passando, os dias foram se indo, e o que era rotina acabou perdendo seu status.
Os dias em que as chances de nos encontrarmos e de consequentemente nos comunicarmos foram se tornado escassos. Contingências externas a nós foram levando as rotinas a se tornarem gradualmente lembranças.
Por causa disso, os consolos que tinha devido aos planejamentos prévios foram diminuindo. Os dias foram voltando ao normal, e minha rotina sem sua presença, também.
Fui deixando de ter sua presença, sua voz, seu olhar, seu perfume. Restou-me lembrar dos poucos momentos em que compartilhamos o mesmo espaço num mesmo momento.
Restou-me me banhar nas águas das ilusões, onde simples elementos humanos, encantavam todo o meu viver, me fazendo, hoje, imaginar coisas que nunca ocorreram, e que talvez, nunca venham a acontecer.
Restou-me me satisfazer com o passado adornado pelo meu coração, pois nele, as rotinas permeadas de amor seguem incólumes. E lá, eu ainda posso ser feliz com você, sem medo do que qualquer coisa venha a acontecer.