Na sociedade, embaralha-se e eis
que se percebe o trapaceado,
Distribuem as cartas com sinais, os reis
São a mão e o pé, lado a lado.
Abaixo deles as damas lutam,
Com suas imagens e copas apagadas
Cansadas, neste carteado, não mudam
Mesmo valendo-se mais que a espada
Valete pois que delas é também espelho,
Representa todos os gêneros de naipes, este subalterno
Transita questionando o negro e o vermelho
Espectro que amedronta, pela ignorância e mistério.
No verso das cartas marcadas, igualdade melindrosa,
sou um coringa, rindo do blefe do povo,
Em que o ás é uma minoria, diferente e valiosa
Que deseja o az másculo em sua manga, para o jogo.
Guilherme dos Anjos Nascimento