Um corpo esticado sobre o leito do mundo
Traz o desencanto da vida que parte alhures
Sem deixar rastros em que a alma mergulhe
Diante do espaço-tempo que vive moribundo.
Donde vem o silêncio que se move algures?
Talvez na inquietude se pense tão profundo
Que nas horas se fite o fim em cada segundo
E, perante o nada, o viver se consagre amiúde.
A existência se limita a cada instante na morte,
O destino é mistério que vai do sul até o norte
Em ondas concêntricas prisioneiras de um nó...
Reverbera-se o raciocínio que se firma a oeste,
Diante do leste há um mar distante do agreste
Donde a eloquência desaba por estar tão só!
DE Ivan de Oliveira Melo