Quem se ama demais, ama-se a menos,
Pois no amor há de levar em conta o cio
Que envolve a personalidade e, arredio,
O íntimo busca devorar o efeito veneno.
É verdade que acontece de existir o chio,
Momento em que os corpos são obscenos
E fantasiam no estresse psíquico os acenos
Dados pelas mãos para afastar o que é frio.
Quem sabe amar, sabe também comandar
Todos os instantes de uma relação aberta
Para que, no amor, tudo esteja em alerta...
Nos efeitos da sensualidade, o bom é voar
Num frenesi de paixão em todas as partes,
Porque o amor é a mais perfeita das artes!
DE Ivan de Oliveira Melo