Que estranho ninguém na rua
Estamos no deserto?
Inversão de valores
Homens de bem aprisionados
Com medo, tentando se proteger
Bandidos soltos, fazendo arruaça
Tirando a paz da nossa cidade
Que não pode se defender
Precisamos de ajuda, rápido
Ouvi alguma coisa lá fora
Tenho medo até de escrever...
As crianças com os olhos assustados
Cheios de lágrimas, de medo
Os adultos sentindo esta incapacidade
Sem nada poder fazer
Na rua só as árvores, o vento, o frio
Nem gente, nem riso, só silêncio
Silêncio exigido, imposto
Nem trabalho, nem transporte, só o caos
Caos previsto que trouxe desgosto.