Do resto que fica A sombra que assola O resto que enrrica O muito da esmola O resto é bastante Do pouco que sobra Basta um instante O pouco se dobra. O resto que vai Jogado ao vento Como pó na terra cai Junto da fome e do lamento O resto é quase tudo Quando resta esperança Quando chega ao fundo E tem fome uma criança Joga fora o resto Esta é a humanidade Uma esmola lhe peço Quando ao lado a fome invade Analise bem esse resto Resto de Amor da humanidade Que o Pai não diga "contesto!" Pois a sua furia virá de verdade.