Sou um pássaro ferido
pelas ventanias
que não se cansa de voar,
trago nas asas
muita fantasia
das revoadas,
não levo pesar das noites frias,
são tristezas superadas nas alegrias;
sou um pássaro
acostumado à vertigem das alturas,
já me sentei no infinito
pra pensar;
dei vôos rasantes,
toquei com minhas asas na loucura,
ferido na ilusão da fantasia,
ainda encontrei motivos
pra cantar.
Ivone Boechat