VAI CO’AS OUTRAS
De Maria se diria tão-somente,
Que era de acompanhar suas amigas.
Fossem estas a encontros, festas, brigas...
Estava ela também ali presente.
Não tinha vida própria: Simplesmente,
Andava às voltas com alheias fadigas.
Contento que amizades tão antigas
Se mantivessem sempre à sua frente.
Talvez ela já nem se dê mais conta...
Sem quê nem para quê passa por tonta,
Tomando tantas dores que não suas.
Maria deveria ser mais só,
Para ser por amor -- e não por dó --
Aquela que se encontra pelas ruas.
Betim – 12 03 2017