Não sei o quão sólido possa ser
Esse tal estúpido amor,
Ou quão efêmero ele possa se demonstrar
Nessa tal tolice de amar sem consciência
Na infantil inocência de também querer ser amado.
Dane-se tudo! Dane-se esse tal amar,
Conjugado ou não,
Que faz o ingênuo coração vacilar,
Perder as próprias forças no destilar
Desse doce, inebriante e irritante
Sentir amor... Querer amar.
Mas e o medo?
O medo de não ser amado no mesmo tresloucar,
De ter o seu peito sangrado por um alguém
Que mesmo dizendo te amar
Não ama igual ao teu amor.
Então o medo te indaga:
Vale a pena amar tanto
Quem não te ama um terço do teu amor?
Vale a você responder, a depender das tuas forças,
Da tua tola necessidade de amar,
Mesmo sabendo que ser amado tresloucadamente
Possa ser um desejo fugaz do teu coração.
Vale a você responder ao seu medo,
Encará-lo ou deixar-se subjugar por ele.
Mas antes de dar a tua resposta,
Pense bem, leve o tempo que for,
E descubra o quão importante,
Por mais estúpido e arriscado que possa ser,
O quão importante esse tal amor
É para você.