No tudo em que erraste, perdeste o senso!
Ideias franzinas agora enlameiam teu tear,
Pois a gordura criativa sedou-te a inspiração
E as palavras manquitolam aqui e ali desnudas...
O verbo calou-te a pena e protesta em silêncio
Contra a desventura que tua ausência causa...
Emoções céticas ameaçam incorporar-te o dom
E transformar-te num bibelô utópico e assindético,
Porque nas luxúrias semânticas fincaste o assédio
Dos dizeres coloquiais que rabujentam a escrita...
Equivocado estás quando tentas lapidar teu tom...
Inúmeros vocábulos são mancebos de eloquência,
Não cabem procrastinações que usurpem as regras
Visto que o idioma é lícito em todas as suas nuances,
Por isso recolhe-te ao labirinto das gírias emancipadas!
DE Ivan de Oliveira Melo