Harpias decaídas com o desejo na boca.
Asquerosos seres que escarram a vontade louca,
Da acrimónia e parcimónia entre o sal e o suado,
Quando comem a carne crua de cavalo cansado.
Antes julgadas estátuas de ouro e esfinges de marfim.
Hoje d’escárnios silfos dum putrefacto cheiro outonal,
Com leprosos desejos regurgitados na bandeja do serviçal,
Devorando demoniacamente o decrépito desdém pelo delfim.
Ó Ser subserviente, que empunhas o punhal,
Que rasga a carne sangrenta em ferida viva.
Que serves sem saberes a quanto o seu mal.
Esquece a pírrica vitória sobre as Simplégades,
Com argúcia foge aos vulcões de lava e suas manhas
Pára!…E alimenta-te tu das próprias entranhas…
poema da obra: Ilhéu revolto