Nascemos, e desde o berço começamos a ascensão.
(Tais são as leis do universo, as leis da vida).
Trilhamos estradas luzentes e banhadas em escuridão,
E ora, nos encontramos, ora temos a alma perdida.
Andamos pelo mundo como atuantes de um grande teatro.
(Se os papéis desempenhados são sãos ou insanos, não o sei...).
Estou bípede ereto algumas vezes, outras, de quatro
A implorar atenção e bens e assim viverei e morrerei...
Passamos pelo mundo sem viver, em meras existências.
Assim, estar vivo é algo supérfluo e sem significado,
Principalmente porque subimos tanto para cairmos no final...
Quando a memória e a história caírem nas desistências,
Também caíremos e sequer teremos futuro, presente ou passado...
Somos lampejo em um eterno esquecimento em espiral.