CASTA VIDA

Tudo o que me faz casta a vida

É o suborno íntimo diante do nada,

Sombras que enfeitam minha estrada

Têm o odor carismático da despedida.

 

O metafísico que carrego a tira-colo

É um exército de paixões tresloucadas

Que fuzilam no bom-senso as espadas

E singram etiquetas do bastardo dolo.  

 

Meu templo interior é cinzento e opaco,

Batalhão de sentimentos pisa nos cacos

De uma alma que agoniza entre os danos...

 

Nuvens carregadas relampejam solenes

E a casta vida que necessita de higiene

Morre aos poucos perante raios profanos!

 

 

DE Ivan de Oliveira Melo