DOSSIÊ

 

 

Minhas lágrimas lambuzam minha face...

 

Então choro que choro sem saber por que...

Em vão me pesquiso, desvendo meu dossiê

 

E página a página rasga a consciência aflita

Que pranteia azedume sem mesmo entender

Conflitos que cerceiam uma alma destemida,

 

Mas profundamente em crise diante do ego...

Um longa metragem se associa à consciência

E uma fita desenrola peripécias duma ciência

Que é o sentimento abatido, abandonado, cego...

 

Um longo Saara é a estrada que não tem fim,

Caminho espesso de sol a pique... muito suor

E uma fadiga sem antídoto que desate os nóis

Que trancafiam rebeliões íntimas em segredo

Tostados sob uma égide que se mostra enredo!

 

 

DE Ivan de Oliveira Melo