NADA O APAGARÁ

Desço e subo escadas, correndo,

para ver se canso meu corpo,

o deixo exangue, fosco,

apago o que dentro

mais corre apressado,

esse amor que nem o tempo

apagará, nem o fará calado...

 

Sento-me e espio meu suor

feito de gotas de salgado amor,

não sei o que é pior,

se sentir os espinhos

ou afagar a flor...