Minhas mãos veem o que meus olhos não enxergam,
o contato tátil do fato entre o desejo e o ato,
o entregar das batidas que movem meu infinito,
minha boca sabe o que não escuto,
o farfalhar do mato, o grito...
Meus ouvidos não sabem da língua nem um terço,
o que ela fala sobre desígnios e medo,
quando rompe o lacre do sabor
não sabem os ouvidos
o gosto da cor...
Assim sigo entre proporções,
composto de entrega e retenção,
não dou ouvidos à sensações
que não se rendem ao coração...