Me perdoem os que escrevem para achar
o que jamais saberei, (nem serei louco de perguntar),
porque prefiro escrever para me perder
e nunca mais poder me encontrar...
Vim para me dissolver nas respostas tolas,
revelar segredos sem que ninguém possa perguntar,
estender as mãos e alcançar nuvens bobas
que não chovem por temor às ondas do mar...
Me perdoem os que recitam odes e falam de amor,
que os vejo da minha janela e nem posso nada ouvir,
tenho apenas este sentimento que me diz que tenho que seguir...
Me perdoem se roubei amor demais e o guardei para mim;
quando me tornar, de novo, parte de tudo o que fui um dia,
devolverei em poesia desde a primeira letra até o fim...