Não trago no peito a dor pungente
Que vicia o sofrimento e a desgraça,
Trago o albatroz que alça voo e traça
No recôncavo dos céus a fé da gente.
Não gosto duma embarcação à deriva
Nem suporto ter um sonho analfabeto,
Quando tomo do barco, olho seu teto
A fim de que belas gaivotas me sirvam.
Sou marinheiro do tempo e mar bravio,
Espadachim das horas e do meu navio,
Por isso meu sonho é lúcido e planejado...
Perante as vagas revoltas sigo o espelho
E através das águas mergulho conselhos
Que me trazem o pescado são e ilustrado!
DE Ivan de Oliveira Melo