Mar, por que me obrigas a navegar em busca
se ainda rompe a madrugada e em mim corusca
o princípio da partida,
que tem me levado a sonhar desvarios
ainda em vida?
Absorto a mirar o esplêndido horizonte,
a querer o diamente oculto, onde se esconde,
procuro a mística palavra que inventou a matemática,
se no mosteiro da fé ou na filosofia do pragmático monge...
Tenho a caneta e seu sangue em doses generosas se me dá;
rompo a tingir o lençol da virgem monástica que só sabe me amar...