Desde tempos ancestrais ela vem embriagando os bardos!
Desde o início da humanidade! Desde a Suméria!
Tantas histórias nascem de um trago, tanta matéria
Para se falar e tantos desabafos de humanos fardos!
Cerveja! Eu louvo-a e não te considero uma bebida pobre!
És popular, porque tens bom sabor e propaga alegria!
Não faço apologia à embriaguez, apenas à tua liquidez fria
A descer garganta abaixo a custo de pouco cobre!
Quantos assuntos de um gole teu se iniciaram!
Quantas filosofias fantásticas em uma roda de amigos?
Quantos amantes não se enamoraram e amaram?
Eu, por mim, vejo em ti a imagem de extremo deleite!
Nem me importo do que és feita: Se da cevada ou de trigos!
Importam os báquicos prazeres e que minh'alma s'estreite!