Deixa eu te dar um abraço!

 Olhar profundo.
Expressando a carência de afagos.
O medo delineava seus movimentos.
A voz embargada narrava a vida sofrida.
No transcorrer do diálogo, faço-lhe um pedido: posso te dar um abraço?
A criatura meneou a cabeça.
Em súbito ato, abracei aquele lindo ser. 
Trocamos energias.
O ser desejava e repulsava aquele contato.
Um fluxo de paz e medo.
A ressurreição da esperança.
O encontro com o desacreditado amor.
O amor fraternal, que em seu ser desabrochou.