O Marinheiro !
Sentado ao soalheiro
No umbral de sua porta,
Estava um velho marinheiro
Pensando na amada morta
Foi revivendo o passado
As aflições no mar bravio
Quando caiu da amurada
Não morreu... foi por um fio.
Agora em terra firme
Vive triste amofinado
Mais inseguro e infirme,
Do que no mar agitado
São verdadeiros artistas
São excelentes figuras
São do mar especialistas
Que navegam sem agruras
Navegar foi sua vida,
O mar é sua paixão
Um porto, onde a partida
Alegra seu coração
Nas peripécias do mar
Ele, o velho marinheiro,
É qual raposa a caçar
À noite no galinheiro
Seu coração livre e solto
É como as ondas do mar
Mesmo quando está revolto,
Sabe que vão serenar
Singra os mares de lés a lés
Enfrentando a procela,
No mais elevado convés,
- Mesmo se o mar se encapela
E nessa hora de procela
Que faz as ondas vibrar,
Promete acender uma vela,
Quando em terra ele pisar
Enfrenta ondas perigosas
Do imenso mar d’água salgada
Rotas incertas, duvidosas
Até à próxima arribada !
Pensava o velho marinheiro
Longa e paulatinamente,
Nos mistérios do cruzeiro
E em seu amor, certamente !
São Paulo, 13/07/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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