Textura somática que minh’alma é aprisionada,
À cata vivo da mais simples e única justificação,
Minhas arrepsias só enleiam minha caminhada,
Pervago por esta vida sem qualquer explicação.
Debalde sigo na caligem dessa moncosa estrada,
norando o que sou com minha dúbia destinação.
Diviso o manto estelar na busca de outra morada,
Sou mais um vulto que apensa o elenco da ilusão.
De onde vim? Inda não sei, gnosticamente, nada!
Para onde vou? Nem os anjos, com certeza, dirão!
Assertiva diversa que com frequência é prolatada ,
Que a palingenesia esclarece toda esta inquirição.
Adversante sou desta mais mexinflória petalhada,
Somente a Deus cabe ao homem a sua destinação;
Ah, versos meus! É poesia que faço a uma amada!
Sentimento impossível, requintado em desilusão!
Rivadávia Leite